terça-feira, 6 de novembro de 2007

Natal, 03 de novembro de 2007.


Exma. Sra.
Escritora e Pesquisadora Zelma Bezerra Furtado de Medeiros
M.D. Presidenta da Academia Feminina de Letras do RN

N E S T A




ACREDITO QUE O HOMEM É CAPAZ DE MUITAS COISAS. CRIAR É O SEU MAIS PERFEITO DELEITE. CRIAR PARA INTELIGÊNCIAS PURAS E AGRADECIDAS. MAS, TAMBÉM, PARA INTELIGÊNCIAS SIMPLES, QUE SABEM APLAUDIR E VALORIZAR A CRIAÇÃO DO HOMEM, SEJA DE QUE DIMENSÃO FOR.



Minha querida Presidenta:



Quase no final do ano, preciso e devo dizer:

0l. Dizer do prazer de lhe conhecer desde a década de 90, quando eu presidia a AJEB (Associação de Jornalistas e Escritoras do BRASIL) e você chegou, enviada pelos anjos, para integrar o quadro de sócias;
02. Dizer, mil vezes, que ainda trago em meus ouvidos, as suas palavras, em 1994, na coxia do Teatro Alberto Maranhão, após a realização do Primeiro Show - QUANDO SETEMBRO CHEGAR - “Lúcia Helena, esse evento vai marcar a História da AJEB”;
03. Dizer, que venho acompanhando a sua brilhante trajetória (o que não é fácil), junto à Academia Feminina de Letras, que você preside com brilhantismo, empenhando grandes esforços, sempre pensando em saltos de qualidade, para que a nossa entidade, esteja sempre no patamar que lhe devido;
04. Dizer, Zelma, que conheço bem a sua sensibilidade pela saudade paterna, afinal como disse Antoine de Saint - Exupéry: “Eu também já chorei sobre destroços queridos”, quando, em 20 de outubro de 1969, meu pai (meu primeiro grande amor) - Abel Antunes Pereira (64 anos) - chegava em sua casa da Hermes da Fonseca, numa ambulância do Hospital Naval de Natal, com seu genro - Cleanto Wanderley. E chegava do seu vale encantado (Ceará - Mirim), com aqueles olhos azuis opalinos, fechados, para sempre, vitimado pelo acidente que lhe tirou a vida, num desvio da estrada, na travessia aos engenhos;
05. Dizer o quanto sou agradecida pelo seu trabalho de pesquisa - um trabalho que exige tempo, concentração e veracidade - em louvor às mulheres potiguares de ontem, de hoje e de amanhã, onde, nesse rico cenário de cerca de 400 mulheres pesquisadas, está a minha avó paterna: Maria Madalena Antunes Pereira, minha patrona, na cadeira 08 da nossa Academia, todas elas (mulheres), expostas lindamente no MEMORIAL DA MULHER POTIGUAR, criado por você, com recursos próprios, sem medir o tamanho dos seus sacrifícios e a imensa falta de colaboração tão necessária como estímulo, apoio e junção de idéias;
Dizer que, chegando o anoitecer luminoso do Natal e ano Novo, os quais, se o Senhor Jesus me permitir, festejarei com meu filho, nora e neto, em Sidney / Austrália, levando a beleza das luzes da nossa cidade, cidade bonita, protegida pelos três Reis Magos, e, com certeza, extasiando – me com todas as belezas australianas.
Muito obrigada, Zelma, pelo valoroso e dinâmico trabalho junto às Letras do RN, junto à Memória do RN. Parabéns pelo seu lar, seu esposo e seus filhos, que lhe ajudam a seguir a jornada, com mãos prestimosas e olhos de amor!
Isso, Zelma, ficará sempre, como um gesto eterno!



Lúcia Helena Pereira
Escritora e Imortal

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