Por Flávio Rezende*
Costumo caminhar beirando a fantástica praia de Ponta Negra, em minha linda cidade Natal. Alheio aos problemas decorrentes de uma ação mais eficaz do poder público quanto ao mercado persa instalado, água servida aqui e ali a céu aberto e seres sem amor próprio vagando a esmo e espalhando certa energia negativa no ar com seus corpos contaminados por químicas e companhias diabólicas invisíveis, vou caminhando e cantarolando, curtindo Santana no MP4 e pensando sempre em como posso ser útil ao planeta que ora habito.
Ao descer a ladeira que dá acesso à praia, encontro sempre uma senhora que trabalha incessantemente e cuida de carros estacionados numa área que já lhe pertence por um usucapião que tem seus próprios decretos e normas.
Ela, apesar da roupa humilde, do corpo combalido e de uma aparência sofrida, nunca, em tempo algum, faça chuva ou faça sol, deixou de me cumprimentar de maneira carinhosa, sempre me chamando de abençoado e me desejando as coisas mais lindas que um ser pode amavelmente a um outro endereçar.
Provavelmente ela não sabe quem eu sou, faz isso naturalmente. Como amo ser simpático e me sinto bem sendo pró-ativo nas saudações efusivas e amáveis, retribuo da mesma maneira, disputando com minha abençoada amiga que nem sei o nome, quem primeiro dispara o rosário de amabilidades em direção ao outro.
Ontem inspirado por lindos pensamentos que antecedem o nascimento de minha querida filha Mel, lhe disse umas coisas mais especiais ainda. Hoje, ao passar, ela disse que o dia anterior foi diferente com relação ao ganho financeiro e, sem meias palavras, atribuiu as afirmações do bem que lhe enderecei, tal resultado que lhe causou muita alegria.
Nesse momento uma coisa localizada na parte superior do meu ser vibrou e uma grande energia que não tenho como descrever tomou conta de mim.
Venho lendo bastante a respeito de Deus. Cada vez mais compreendo afirmações de Jesus, Sai Baba e de Riva, que todos nós somos Deus.
Às vezes a compreensão é intelectual. Mas é num momento como este, vivido hoje com minha abençoada amiga e, em diversos outros momentos, quando fazemos o bem a alguém, quando ouvimos uma linda música e contemplamos a natureza, quando beijamos nossa esposa e nossos filhos, quando abraçamos e dizemos que amamos nossos pais, que essa certeza que Deus não é algo exterior, que é a gente mesmo, fica clara e diviniza nossa existência.
Se fica cada vez mais claro que Deus realmente é cada um de nós, sou eu, como devo proceder então? O caminho é cada vez mais nítido: o acesso a nossa própria divindade é feito com o amor, o amor que abraça, o amor que abençoa, o amor que inclui, o amor que compartilha, o amor que percebe todos como UM.
E se o amor é o caminho e Deus é nosso destino, que caminhemos a passos largos, pois a divindade é nossa natureza, é nosso DNA, é nossa meta.
* É escritor, jornalista e ativista social em Natal/RN (escritorflaviorezende@gmail.com)
-- Seja feliz, Flávio Rezende9902 0092Casa do Bem - Ajude a Construir !Acesse: http://www.casadobem.org.br/
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