quarta-feira, 31 de março de 2010

TROVAS DE ADEMAR MACEDO

Quando a saudade me embala,
o teu nome a repetir,
o silêncio tanto fala,
que não me deixa dormir!
(Carolina Ramos/SP)

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A caridade é virtude,

esperança também é;

só peço a Deus que me ajude

com um pouquinho de fé!

(Celso Caldas/RN)

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2009 > Taubaté/SP

Tema > ALVORADA > M/H.

Com a visão embaciada

e o caminhar pouco ereto,

vejo o esplendor da alvorada

pelos olhos do meu neto.

(Francisco José Pessoa/CE)

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A LUA NUA OLHA A RUA.

Mª de Fátima Carvalho/RN


A lua nua
Sem nuvem alguma
Simplesmente linda
Clareia a rua
Que triste estar a chorar
Também tão nua
A paz se foi...
O silêncio reina...
E o medo vaga...
A espantar
Quem vestia a rua
Mas a lua nua!
Não vai deixar a rua.

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Uma carícia envolvente,

quando no peito se inflama,

transforma-se em chama ardente

no coração de quem ama!

(Ademar Macedo/RN)

...E Suas Trovas Ficaram:

É uma verdade e parece

que se tornou popular:

a gente primeiro esquece

para depois perdoar.

(José Firmo/PE)

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No final todo homem fica chato

além disso cansado e tão caolho,

precisando de lente em cada olho

e urinando no bico do sapato;

o culpado é o tempo que é ingrato

que só faz todo homem decair,

e numa vala de dor submergir,

soluçar com saudade do passado;

se a velhice é um crime, tem culpado

sei quem é, mas não tem como punir.

(Rogério Meneses/PB)

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S O L.

José Ouverney/SP

Desmaia a tarde e a sorrateira brisa,

varanda a dentro, lépida e frugal,

a beliscar meu peito sem camisa

vai desenhando um gesto sensual.

Em lenta despedida o sol desliza,

jorrando sangue sobre o bambual,

e a lua acende a lâmpada, indecisa,

tremeluzindo sobre o meu quintal.

Um pouco mais de espera e surge a noite

a casa, de repente, tão vazia,

desperta a minha lúdica ansiedade;

e o beliscar da brisa vira açoite,

notadamente quando a nostalgia

bate no peito...e acorda esta saudade!...

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