sábado, 25 de dezembro de 2010

VERDADES SOBRE O NATAL




Antes mesmo da festa ir ao Ocidente ela já existia. No paganismo é chamada (era e ainda é chamada), de Solstício de Inverno.

No solstício de inverno, os dois temas divinos do ciclo anual coincidem – até mesmo mais dramaticamente do que acontece quando coincidem no solstício de verão. Yule (que, de acordo com o Venerável Bede (Monge e historiador eclesiástico, que viveu entre 673 e 735 AD.) provém do escandinavo Iul, que significa “roda”- marca a morte e o renascimento do Deus-Sol; marca também a derrota do Rei Azevinho, Deus do Ano Minguante, pelo Rei Carvalho, Deus do Ano Crescente. A Deusa, que era morte-em-vida no solstício de verão, exibe agora seu aspecto de vida-em-morte, pois embora nesta estação ela seja a “senhora da brancura da lepra”, rainha da escuridão fria, ainda assim este é seu momento de dar à luz a criança da promissão, o filho-amante que irá refertilizá-la e trazer luz e calor de volta ao seu reino.

A história da natividade (Natal) é a versão cristã do tema do renascimento do Sol, pois Cristo é o Deus-Sol da Era de Peixes de acordo com algumas teorias pagãs.
O aniversário (dia do nascimento) de Jesus tem data nos Evangelhos?? Até onde sabem só foi em 273 AD que a Igreja tomou a simbolicamente sensata iniciativa de fixá-lo oficialmente no solstício de inverno, de modo a alinhá-lo com os outros deuses solares (como o Mitra persa, também nascido no solstício de inverno). Como São Crisóstomo, arcebispo de Constantinopla, um século mais tarde, explicou com elogiável franqueza, que a natividade do “Sol da Retidão” fora fixada dessa maneira para que, “enquanto os pagãos estivessem ocupados com seus ritos profanos, os cristãos pudessem realizar seus ritos sagrados sem perturbação”.

“Profano” ou “Sagrado” dependiam de seu ponto de vista, porque basicamente ambos estavam celebrando a mesma coisa: a virada da maré anual da escuridão para a luz. Stº Agostinho reconheceu o significado solar do festival, quando instou os cristãos a celebrá-lo mais para aquele que criou o Sol do que para o próprio Sol.

Maria, em Belém, é novamente a Deusa como vida-em-morte. Jerônimo, o maior sábio entre os Pais da Igreja, que viveu em Belém de 386 até sua morte em 420, nos conta que havia também um bosque de Adônis (Tammuz) ali. Ora, Tammuz, amado da deusa Ishtar, era o modelo supremo, naquela parte do mundo, do deus que morre e da ressurreição. Ele era (como a maioria daqueles de seu tipo) um deus da vegetação ou do cereal, e Jesus Cristo absorveu esse aspecto do tipo bem como o solar, tal como o sacramento do pão sugere. Assim é significativo, como saliente Frazer, em The Golden Bough , p. 455, que o nome Belém (Bethlehem) queira dizer “a Casa de Pão”.

A ressonância entre o ciclo do cereal e o ciclo solar se reflete em muitos costumes: por exemplo, a tradição escocesa de conservar a Donzela do Cereal (o último punhado ceifado na colheita) até Yule (Natal) e então distribuí-lo entre as reses para que se mantenham viçosas o ano todo; ou, na outra direção, a tradição alemã de espalhar as cinzas do tronco de Yule nos campos, ou de manter seus restos carbonizados para aderirem ao último feixe da colheita seguinte (Transferência mágica de fertilidade de uma estação para outra por um objeto material carregado, particularmente pelo cereal ou seus produtos ou pelos subprodutos do fogo, é um costume universal.

Bom,
Nos dois primeiros séculos da era cristã, 25 de dezembro era uma grande festa pagã da qual os cristãos recusavam-se a participar.
Porém, durante o processo de expansão da fé/cultura cristãos, não somente em Roma mas, também no Oriente Médio e na Ásia, os líderes da Igreja nascente perceberam a necessidade de encontrar um ponto de integração entre as culturas cristã e pagã de modo que o cristianismo se tornasse atraente para os gentios, que deviam ser convertidos; pois a conversão sempre foi a missão primordial dos apóstolos e seus sucessores.

Em 305 d.C., o imperador Constantino promulgou o Edito de Milão e o cristianismo foi legalizado no Império Romano. Em 380, Teodósio, adotou a fé cristã ortodoxa como religião oficial e era cada vez mais necessário contornar o constrangimento das festividades pagãs sem, no entanto, proibi-las. [Quem tem coragem de cancelar o carnaval?...]. Muito habilmente, os padres [os patriarcas] da Igreja adotaram a filosofia do "se não pode vencê-los, una-se a eles". Foi assim que o nascimento de Jesus tornou-se o tema perfeito para justificar uma festividade cristã importante na mesma época em que eram celebrados: A Saturnália Romana, o Solstício de Inverno e o Nascimento de Mitra.

"Saturnália" comemoração onde coroado um rei que fazia o papel de Saturno realizava-se no solstício de Inverno.

Os cultos bárbaros europeus, em especial o culto às árvores, reverenciavam a mãe natureza no solstício de inverno [primeiro dia do inverno, entre 22 e 23 de dezembro, a noite mais longa do ano] no Hemisfério Norte. Além disso, para germanos e escandinavos, 26 de dezembro era a data de nascimento de Frey, deus nórdico do sol nascente, da chuva e da fertilidade. Na ocasião, enfeitava-se uma árvore representando a Yggdrasil, que na mitologia escandinava era um carvalho gigantesco, eixo do mundo, fonte da vida, localizado no centro do Universo. Esta árvore, também era chamada "carvalho de Odin" [ou Wotan] porque nela, curiosamente, aquele que era o maior entre os deuses nórdicos, criador da Humanidade, enforcou a si mesmo num ritual mágico a fim de conhecer os segredos da morte de da ressurreição.

Finalmente, o Natal cristão coincidiria também com o do nascimento de Mitra, o homem-deus do mitraísmo persa, culto com mais de 4 mil anos, principal religião concorrente do cristianismo, de Roma a Constantinopla. Mitra, que por sinal, à semelhança de Jesus, nasceu em uma gruta, filho de uma virgem, e foi adorado adorado por pastores e magos.

Não bastassem essas convergências tão convenientes, os últimos dias de dezembro também eram festividades em outras culturas, como a egípcia, que celebrava o deus Hórus, outro filho de uma virgem e a cultura dos povos pré-colombianos que, na época natalina, período de 6 e 26 de dezembro [no mês de Panquetzaliztli], lembram o aparecimento de Huitzilopochtli, outro deus solar, este, regente da guerra.

O papai Noel tem como inspiração o bispo Nicolau, que nasceu na Turquia em 280 d.C. O bispo, homem de bom coração, costumava ajudar as pessoas pobres, deixando saquinhos com moedas próximas às chaminés das casas.

A árvore
"A árvore de Natal é de origem germânica, datando do tempo de S. Bonifácio (cerca de 800 d.C.). Foi adotada para substi-tuir os sacrifícios ao carvalho sagrado de Odin (deus germânico, demônio das tempestades - observações do autor), adorando-se uma árvore, em homenagem ao Deus-menino". Os povos da Escandinávia (região que compreende a Suécia e a Noruega) outrora adoravam árvores. Quando se tornaram cristãos, fizeram das árvores de folhas duras (pinheiros, ciprestes, etc.) uma parte importante dos seus festivais cris-tãos. Em outras palavras, um exemplo flagrante de simples transposição de costumes pagãos para a igreja cristã - evidência de que não houve conversão total e genuína, mas de que aquelas pessoas simplesmente "viraram cristãs" sem uma profunda experiência com Jesus. O costume de decorar casa e igrejas com festões e guirlandas de cipreste (ou imitações manufaturadas dele) começou nos tempos antigos.

Diabretes de Natal
Sao espíritos (lenda) bagunceiros que entram nas casas em certas datas, uma delas o Natal... dizem em alguns lugares que colocar doces nas árvores é para que esses diabretes os peguem e não façam nada...

Autoridades históricas demonstram que, durante os primeiros 3 séculos da nossa era, os cristãos não celebraram o Natal. Esta festa só começou a ser introduzida após o início da formação daquele sistema que hoje é conhecido como Igreja Romana (isto é, no século 4o). Somente no século 5o foi oficialmente ordenado que o Natal fosse observado para sempre, como festa cristã, no mesmo dia da secular festividade romana em honra ao nascimento do deus Sol, já que não se conhecia a data exata do nascimento de Cristo.
A origem da árvore de Natal é mais antiga que o próprio nascimento de Jesus Cristo, ficando entre o segundo e o terceiro milênio A.C.. Naquela época, uma grande variedade de povos indo-europeus que estavam se expandindo pela Europa e Ásia consideravam as árvores uma expressão da energia de fertilidade da Mãe Natureza, por isso lhes rendiam culto.

O carvalho foi, em muitos casos, considerado a rainha das árvores. No inverno, quando suas folhas caíam, os povos antigos costumavam colocar diferentes enfeites nele para atrair o espírito da natureza, que se pensava que havia fugido.

Quanto a árvore de Natal moderna surgiu na Alemanha e suas primeiras referências datam do século 16. Foi a partir do século 19 que a tradição chegou à Inglaterra, França, Estados Unidos, Porto Rico e depois, já no século 20, virou tradição na Espanha e na maioria da América Latina.

Alguém se atentou para o verdadeiro significado do Natal?
Puro captalismo...
Mas existem lugares que ainda comemoram o verdadeiro significado pagão do natal...

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