segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

poeta, escritor e advogado Ciro José Tavares em visita a nossa cidade Natal


Meu amigo e professor, competentíssimo escritor Ciro José Tavares da Silva, encontra-se em Natal e durante uma semana visitará várias instituições culturais e participará do sarau do reencontro em homenagem a poeta Ceicinha Câmara, dia 22 deste, na cidade de Ceará Mirim.SEJA BEM VINDO AMIGO!


Nascido em Natal, a 25 de agosto de 1940, formou-se em Direito na Faculdade de Direito do Recife em 1964. De 1965 a 1980 militou na imprensa, exerceu a advocacia e integrou os quadros funcionais da Esso Brasileira de Petróleo e da Siderúrgica Açonorte, ocupando funções Administrativas. Em 1981, estimulado por seus pais, abandona definitivamente tarefas vinculadas a empresas, viaja à Europa e na volta retoma sua profissão de advogado.

Durante o Curso de Mestrado, que não concluiu por conta do ambiente de incompreensão reinante na tradicional Faculdade pernambucana, teve aprovada sua monografia (inédita) Da Arte e do Delito, pela cadeira de Criminologia.

Seus primeiros passos literários datam de 1957/58, quando traduziu o poema “Come live with Me And Be My Love”, do inglês Christopher Marlowe (inédita) e escreveu o ensaio “Da Poesia Tovadoresca”, parcialmente publicado no jornal O Curso.

Iniciou-se efetivamente na literatura em 1987, publicando, a convite do jornalista Marcus Prado, dois poemas na coluna Livros & Autores do jornal Diário de Pernambuco. Um ano depois recebe o Prêmio Ladjane Bandeira de Poesia com o livro “Além da Rosa-dos-Ventos”, posteriormente selecionado pela UBE, RJ para o Prêmio Jorge de Lima de Poesia. Contudo sua publicação pela FUNDARPE, uma semana antes da premiação, levou o autor a retirar sua inscrição, porquanto a obra não mais correspondia ao espírito do certame, destinado a estreantes. Paralelamente, na mesma ocasião, seu “As Elipses de Phoenix” credenciara-se para o Prêmio Jorge Fernandes de Poesia, também da UBE, RJ. Atendendo recomendações unânimes das Comissões Julgadoras, a entidade outorgou o Horconcours ao poeta, duplamente vencedor.

A nível regional recebeu, duas vezes, o Prêmio de Poesia Raymundo de Moraes, do Grêmio Cultural Ruben Van der Linden e da Academia de Letras de Garanhuns (PE).Integrou diversas antologias de poesias no Brasil e no exterior.

É membro da Associação Nacional de Escritores (ANE), da União Brasileira de Escritores do Rio de Janeiro e Sócio honorário da UBE/ RN.

Além obras mencionadas, publicou o livro de poesia Baladas e Moinhos e as biografias À Sombra do Tempo, sobre seu pai, o cirurgião e professor de Medicina José Tavares da Silva, e a Sinfonia do Outono, sobre a respeitável e centenária pessoa do Sr. João Paulo de Souza, um dos ícones do comércio natalense. Resgatou, no livro Álbum de Versos Antigos, a poesia de sua tia-avó Adelle de Oliveira, professora e poetisa do Ceará – Mirim, reconhecidamente o maior nome feminino do parnasianismo potiguar. Em 2010 lançou o livro Anêmonas, também no campo da poesia. Integra diversas antologias, em Brasília, São Paulo e Recife e escreveu artigos nos jornais de Natal, e revistas culturais

Atualmente residindo em Brasília é casado com a advogada e pedagoga Zuleide Teixeira e pai de uma filha, Adele.

Impressões SOBRE O AUTOR

Saúdo em Ciro José Tavares o grande poeta que ele é, luminoso e trágico. Eliotiano, Teilhardiano, tocado por todas as angústias e plenamente libertado do si mesmo.

Antonio Carlos Villaça in Baladas e Moinhos

Foi com a alegria de um reencontro feliz que li os originais de Baladas e Moinhos. Neles reconheço a boa poesia de Ciro José Tavares. Uma poesia culta, requintada, repleta de alusões a temas bíblicos e da mitologia grega.

Anderson Braga Horta in Baladas e Moinhos

Nas Elipses de Phoenix, Ciro questiona o tempo, fugidio e perpétuo, numa linguagem imaginativa e faz de epopéias antigas e visões espaciais, roteiro para um íntimo rememorar e transcendentes meditações sobre o destino humano.

Amélia Sparano in As elipses de Phoenix

Nada é estéril em seus poemas. Revela-se maior nas imagísticas, aliterações, paralelismos, metáforas, elipses, zeugmas e tantos recursos estruturados na oficina do Verbo, lapidados com engenho e artesania, brunidos na erudição acumulada e alimentada pela imperiosa necessidade de absorver o sabor do saber por saber.

Clair de Mattos Santos in As Elipses de Phoenix

Através de um intricado processo lingüístico o autor elabora sua obra meticulosamente, verso por verso, palavra por palavra, cada qual se adequando ao justo espaço que ocupa, sem explosões ou derramamentos. Numa escala sempre ascendente cada verso eleva-se para alcançar com freqüência momentos de indiscutível beleza e extrema sensibilidade.

Bartyra Soares in Além da Rosa -Dos - Ventos

Antes de tudo a poesia de Ciro José Tavares é o espelho de uma dolorosa e penetrante consciência da condição trágica do homem ferido eameaçado de aniquilamento, do qual os poetas não se libertam jamais. A voz do poeta, ordenada e criadora, é o reflexo de um aprendizado longo das cousas ocultas, misteriosas, enigmáticas e difíceis, como a beleza, que o autor cultiva na condição de leitor privilegiado dos clássicos da poesia de expressão inglesa do século XIX, deles só perdurando no seu engenho de lírcios afazeres a lembrança e a emoção que a sua passagem desperta.

Marcus Prado in Além da Rosa-dos-Ventos

“O poeta é o homem de uma profissão que conhece todas as receitas de sua arte por ter feito longamente seu aprendizado ao inscrever-se na escola dos mestres .... (Mikel Dufrenne)” e os nomes dos clássicos da poesia universal em que o autor afinou sua lira. E mais: a seriedade de Ciro nesse mister. Seriedade de que carece a esmagadora maioria dos aspirantes a poetas, porquanto longe da autocrítica apressados em aparecer e equivocados sobre o que seja de fato poesia.

Joanyr de Oliveira in Baladas e Moinhos

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