segunda-feira, 14 de março de 2011

REPERCUSSÃO DE “UM ESTRANHO CRUZAMENTO”

Públio José – jornalista

(publiojose@gmail.com)

É interessante se notar como as questões viárias afetam o dia a dia do cidadão. Seja do mais humilde ao do mais alto patamar social. É uma realidade que cobra a parte de todos nesse malfadado sacrifício. Carências e deficiências viárias – consumadas por irresponsabilidade, omissão ou incompetência dos gestores – representam um dos piores itens na escala de qualidade de vida do homem moderno. Isso é tão palpável que repercutiu intensamente o artigo que assinamos semana passada, neste mesmo espaço, narrando o modus operandi que pedestres e motoristas vêm empregando para administrar a falta da presença estatal no cruzamento da Dionísio Filgueira com a Major Afonso Magalhães. Poucos textos nossos repercutiram tanto quanto o que narrou a saga daquele trecho. Uma das impressões que escolhemos publicar foi enviada por Márcio Aurélio, habitante dessa ainda bela cidade.

Caro Públio, transito várias vezes, todos os dias, por este cruzamento e atesto o que escreves. O que ainda o faz funcionar é realmente o bom censo por parte de vários motoristas que se utilizam daquele pequeno trecho. Se a Engenharia de Trânsito responsável, que não sabemos se é do DETRAN ou da SEMOB, faz vistas grossas para este e inúmeros outros casos em nossa capital, é graças à civilidade de poucos que a paz ainda se tem feito presente, não sabemos até quando! Saudações! Marcio Aurélio. Outra mensagem foi do Pastor Diógenes Silva: Caro irmão em Cristo Jesus, a paz do Senhor! Creio que o trânsito caótico de Natal deve-se a: aumento rápido do número de veículos circulando e não tendo, em contrapartida, políticas e estratégias ágeis e eficazes para dar uma resposta a esse crescimento, na mesma velocidade; falta de pessoal qualificado em Engenharia do Trânsito para adequar o trânsito à malha viária existente;

Continua ele: falta de investimentos por parte do poder executivo nas três esferas para melhoramento e ampliação da malha viária e construção de viadutos, além de outros fatores. Falar em investimentos e viaduto, quando vão ser concluídas as vias de acesso da Ponte “De Todos”? E o viaduto que há anos está com as obras paralisadas, lá na Zona Norte? É, caro Públio, de estranho não tem só esse cruzamento...! Abraços, Diógenes. Outro que também se referiu ao assunto foi o leitor Antônio Fernando. Sua manifestação vai adiante: Caríssimo escritor Públio José, você perguntou e você mesmo respondeu: A tranquilidade vai acabar quando (ou se) os poderes constituídos chegarem por lá para acabar com a festa. Enviaste-me este artigo num momento em que tenho pensado muito no quanto o governo atrapalha a nossa vida. Estou com uma séria tendência a apoiar a ausência de governo.

Prossegue o missivista: Se um bando de andorinhas, sem governo, voa com tanta harmonia, formando um delta maravilhoso, por que os humanos, bem mais dotados de inteligência não podem viver sem tal praga – a governamental? É, escritor e amigo Públio, você acabou de consolidar a minha idéia de que a solução está na anarquia, que é um nome meio pejorativo. Melhor dizer, cidadãos autogovernados. Autogoverno soa melhor. Parabéns pela lucidez demonstrada neste artigo tão realista. Torço que o estranho cruzamento, que na verdade forma um "T", continue autogovernado pelo civilizado povo natalense, que não merece ser atrapalhado por esse monstruoso paspalhão que nós sustentamos com o suor do nosso rosto, o governo em todas as suas esferas e instâncias: federal, estadual, municipal, executivo, legislativo, judiciário. Ninguém merece! Abraços do neoanarquista (ou adepto do autogovernismo), Antônio Fernando.

Outro “homo urbanus” a enviar seu comentário sobre o assunto – curto, porém grosso – foi Luís Gonzaga, nobre residente desta Cidade de Poti, ainda habitável. Prezado Públio, Excelente seu artigo “UM ESTRANHO CRUZAMENTO”. Você elencou objetivamente os problemas de locomoção de Natal. Esse texto serve muito bem para os gestores tomarem as devidas providências. É só querer! Parabéns e obrigado por mais esta colaboração! Abraços, Luís Gonzaga.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Teremos o maior prazer em receber seu comentário.