José Acaci
Quando um político é eleito
pra defender seu mandato,
logo no primeiro ato
tudo é bonito e perfeito.
Diz que é um homem direito,
se agarra à Constituição
e jura a toda nação
que é um homem honesto,
deixando ali seu protesto
contra a corrupção.
Mas a negociação
já está a passos largos
pelas mudanças de cargos...
E adeus Constituição.
É um fazendo pressão,
e outro querendo propina.
Tudo por trás da cortina
ou por debaixo do pano.
Entra ano e chega ano
e a coisa vira rotina.
Há poucos meses atrás
só não ouviu quem não quis,
que esse nosso país
estava com todo gás.
Arrecadando bem mais
que muitos outros países,
e que as novas diretrizes
que nunca antes se viu,
deixaram nosso Brasil
imune a todas as crises.
Mas crise é só o que avança
aqui na nossa nação:
tem crise na educação,
tem crise na segurança,
na saúde da criança,
nos leitos dos hospitais,
nas estradas federais,
nos transportes e nos portos,
crise nos aeroportos,
e escolas municipais.
Os políticos se escondendo
por trás da imunidade,
e o jogo da impunidade
nosso país ta perdendo,
e quem tem olho ta vendo
a crise na juventude
e o crack, de forma rude,
destruindo nossos lares,
e os nossos parlamentares
sem tomar uma atitude.
Tem crise nos bastidores
desses hospitais lotados.
Brasileiros humilhados,
jogados nos corredores.
E no excesso de assessores
desse político ladrão,
esse mesmo cidadão
que num primeiro momento
fez um belo juramento
ante a Constituição.
Uma nova lei foi criada
pra não deixar eleger
e não botar no poder
quem fizesse coisa errada.
Mas a nossa pátria amada
foi vítima de um novo ato,
que nos mostrou o retrato
dessa turma que garimpa:
nossa lei da ficha limpa
ficou pra outro mandato.
Com tanta politicagem,
tanto roubo, safadeza,
falcatrua, esperteza,
extorsão e malandragem,
só falta vir a mensagem
do Senado Federal,
que nesse tempo atual,
de uma maneira sutil,
ser honesto no Brasil
é inconstitucional.
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