quinta-feira, 28 de julho de 2011

A PALESTRA DA DEPUTADA FÁTIMA BEZERRA NA UBE/RN



Como devidamente programado, no dia 25 passado, no auditório da Aliança Francesa de Natal, gentilmente cedido pela sua Direção, foi realizada pela UBE/RN- União Brasileira de Escritores- Seção/RN, a palestra comemorativa ao DIA DO ESCRITOR.


Os trabalhos foram abertos com um pronunciamento do Presidente Eduardo Gosson e em seguida composta a Primeira Mesa com a Deputada Federal Fátima Bezerra e o Professor Fabiano dos Santos abordando as políticas públicas para o desenvolvimento da cultura no Brasil, com participação da platéia.


A Segunda Mesa foi composta pelos escritores Jarbas Martins, Francisco Alves, Nelson Patriota, sob a coordenaçao de Eduardo Gosson e com a participação de Eulício Farias Júnior, abordando a vida e a obra do grande escritor Eulício Farias de Lacerda e o lançamento oficial do "Prêmio Escritor Eulício Farias de Lacerda". Os depoimentos pungentes dos participantes deram um brilho especial e emocional ao evento, que atingiu a sua finalidade e muito bem comemorou a data. Os detalhes do Concurso literário devem ser buscados no site da UBE/RN.


http://www.ubern.org.br



25 DE JULHO

DIA DO ESCRITOR



Numa entrevista, Ignácio de Loyola Brandão, à pergunta sobre qual seria o papel do escritor no Brasil, respondeu que "o papel do escritor no Brasil, ou no mundo, ou na lua é escrever. Nada mais do que isso. Escrever. O escritor não tem missões, não tem mensagens, não tem funções".

Talvez ele queira dizer que o escritor não precisa ser o redentor do mundo, o salvador da pátria ou o libertador da lua; não tem a missão de solucionar problemas e não carrega em seu coração a mensagem essencial dos santos e revolucionários.

Um escritor não precisa cumprir uma função específica que escape à sua intrínseca função de escrever o que bem entenda, embora aconteça com muitos de nós precisarmos escrever "em função" da estrita sobrevivência. Cumprindo uma responsabilidade, escrevemos coisas meio burocráticas, meio publicitárias, um livro contando a história de uma empresa, a resenha de um livro que não seria o nosso preferido... Enfim, mas estamos escrevendo. E com muita honra.

Nada de errado escrever para sobreviver. Contanto que, depois, à noite, alta madrugada, seja a hora em que o escritor escreva a indignação, o silêncio, o grito, o muxoxo, o sussurro. Nesta hora o escritor sofrerá ou gozará com o gosto de cada palavra.

Depois de escrever cartas comerciais durante o dia, por exemplo (como Fernando Pessoa), é a hora de viver no mundo outro do texto. Apesar de não haver tantos moinhos como antigamente por aí, D. Quixote precisa sair em busca de novas aventuras.

Eu, porém, diria que todo o ser humano tem missões, mensagens e funções, mesmo que sejam as mais quixotescas e ingênuas do mundo. E que o escritor, como qualquer ser humano, tem as suas.

E a missão do escritor é, sim, ser escritor.

E a mensagem do escritor se confunde com sua função: escrever é viver.

Agora, dia 25 de julho, é dia do escritor. Descobri folheando a minha agenda. E decidi comemorar a data imaginando que tipo de presente um escritor gostaria de receber.

Um computador novo? Um crédito para comprar cem livros em qualquer livraria do mundo? Um mês de férias para, em paz, escrever um romance? Ou uma tradicional caneta tinteiro?

Pensando bem, o grande presente para o escritor continuará sendo o mesmo de todos os tempos: os seus leitores.

Por Gabriel Perissé
(autor dos livros LER, PENSAR E ESCREVER e O LEITOR CRIATIVO)

Fonte: blog de Carlos Miranda

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