Ciro José Tavares
Se reclamas da terra o abandono
devolvo-te às estrelas vestida de poentes.
Suspensa no meu colo longa cabeleira,
fica para embalsamar meus sonhos mortos
e deitar no pedaço de chão onde nasceste
o resto do perfume exalado do teu corpo.
Amanhã serás somente esguio traço nu,
galhos que não reverdecem abertos ao espaço.
braços míticos,suplicantes diante da fornalha,
girando ao redor e devorando o tronco lentamente.
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