PRÊMIO ESCRITOR EULÍCIO FARIAS DE LACERDA

A Comissão Julgadora do referido prêmio (Araceli Sobreira Benevides, Clotilde Santa Cruz Tavares e José de Castro) anunciou Os ganhadores do Prêmio Escritor Eulício Farias de Lacerda :

Paulo Caldas Neto - 1º lugar

Paulo de Macedo Caldas Neto é natural de Mossoró (RN), onde nasce em 31 de março de 1981. Ainda recém-nascido, vai morar com os familiares em Açu, terra de parte de sua linhagem. Aos 3 anos de idade vem com os pais residir em Natal (RN) após o nascimento de seu único irmão mais novo. Em 1984, ingressa no Colégio Nossa Senhora das Neves, onde inicia os estudos na Educação Infantil, concluindo-os em 1987. De 1988 a 1995, cursa o Ensino Fundamental, na época dividido em curso primário e ginasial e, de 1996 a 1998, o atual Ensino Médio, todos na citada instituição de Ensino Básico. Ainda nos primeiros anos do colegial escreve um romance em prosa, intitulado Vicente, o qual foi escolhido como o melhor texto em prosa num concurso realizado na própria escola de onde foi aluno por 14 anos. É desse período também seus primeiros poemas e crônicas, escritos numa máquina de escrever Olivetti, que pertencia a seu pai, professor e advogado. Em 2000, após aprovação no vestibular, conquista uma vaga como aluno regular no curso de Letras da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, fazendo a licenciatura em 4 anos e formando-se em 2004. Durante essa fase universitária, atua como pesquisador, bolsista e estagiário na área, publicando artigos e ensaios literários para grandes revistas e jornais culturais da cidade, dentre eles a REVISTA PRÉA, O GALO e TRIBUNA DO NORTE. Ainda na Universidade, toma contato com alguns nomes das letras potiguares, como Lisbeth Lima de Oliveira, Marize Castro, Bartolomeu Correia de Melo, Paulo de Tarso Correia de Melo, Clotilde Tavares, Tarcísio Gurgel (de quem foi aluno), Ana de Santana, Ada Lima, Alexandre Abrantes de Albuquerque, Pablo Capistrano, dentre outros. Em 2003, é elogiado pelo poeta, ficcionista e jornalista Franklin Jorge por ter produzido uma resenha crítica para a referida REVISTA PREÁ, o que lhe rendeu um singelo e rápido reconhecimento. Em 2005, já graduado, é aprovado em concurso público para o cargo de professor da Rede Pública Estadual de Ensino, que só assumiria em 2007 e ficaria até 2011, lecionando nas escolas Prof. Rômulo C. Wanderley eProf. Francisco Ivo Cavalcanti. De 2006 a 2008, faz mestrado pelo Programa de Pós-graduação em Estudos da Linguagem da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, defendendo, na área de Literatura Comparada, a dissertaçãoDo picadeiro ao céu: o riso no teatro de Ariano Suassuna. Em 2008, é aprovado no concurso público para o cargo de professor da Rede Municipal de Ensino de Natal, sendo noemado apenas em 2011 e lecionando na Escola Municipal Profª Maria Alexandrina Sampaio. No mesmo ano, exonera-se da condição de servidor público estadual e municipal depois da aprovação em concurso para o cargo de docente do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte (IFRN). Está pronto para cursar doutorado na sua área de atuação. Mantém um blog na internet (www.paulocaldasneto.blogspot.com), no qual divulga seu trabalho sobre ensino, arte e literatura.

Racine Santos - 2º lugar

Racine Santos é um homem de teatro. Autor, produtor, diretor e editor. Tem toda uma vida dedicada ao teatro. Na juventude foi ator, mas um acidente de automóvel o afastou da cena, não do palco.

Nasceu em Natal (RN), em 1948. Boa parte de sua infância passou na pequena cidade de Macaiba (25 Km de Natal), onde teve seus primeiros e marcantes contatos com a cultura do povo, assistindo as brincadeiras de boi-de-reis, pastoril, João-redondo e lendo seus primeiros folhetos de poesia popular. De 1961 a 1965 estudou no Recife, onde conheceu Ariano Suassuna, Hermilo Borba Filho e o artista plástico Abelardo da Hora, pessoas que considera importante para sua formação cultural e maneira de ver o Nordeste e sua gente.

De volta a sua cidade, liga-se ao Teatro de Amadores de Natal, grupo criado e dirigido por Sandoval Wanderley. Em 1976 escreve e dirige sua primeira peça: A Festa do Rei. Onde já se percebe um autor que trabalha a tradição popular assentada em bases eruditas.

Sua preocupação com o teatro da região o leva a fundar em 1992, juntamente com Luis Marinho, Luis Maurício Carvalheira, Altimar Pimentel, Tácito Borralho, Romildo Moreira e outros, a Associação dos Dramaturgos do Nordeste, da qual foi o presidente.

Autor de mais de uma dezena de peças, tem na cultura popular do Nordeste sua grande fonte, não para reproduzi-la, mas como meio de entender sua gente e falar para ela de maneira direta, clara e viva.
Além da três peças publicadas neste volume, são de sua autoria, entre outras: A Festa do Rei, A Farsa do Poder, Elvira do Ypiranga, A Ópera do Malazarte, Maria do Ó, Chico Cobra e Lazarino, O Vôo do Cavalo do Cão, Bye Bye Natal ( Musical), O Autor do Boi de Prata e a infantil, O Congresso das Borboletas.

FONTE: SITE DA UBE www.ubern.org.br