sábado, 7 de julho de 2012

LUTO


É COM IMENSO PESAR QUE COMUNICO O FALECIMENTO DO PATRIARCA APODIENSE LUIS ANTONIO DE SOUSA. FATO ACONTECIDO NA UTI DO HOSPITAL DO CORAÇÃO AS 10 HORAS DESTE 07 DE JULHO.

“Porque fostes justo, puro e bom

Deus, na hora extrema

Te resgatou da dor

E agora dormes

Eternamente ao lado do Senhor.”

Necy e Luis Antonio (in-memoriam)
Patriarca da família Noronha e Sousa, Luis Antonio de Sousa, nasceu aos 09 de dezembro de 1935, no município de Apodi-RN.

Filho de uma família de agricultores, de origem simples, viveu seus primeiros anos na comunidade rural de Lagoa do Mato. Mais tarde mudou-se para a cidade de Apodi, onde tornou-se Funcionário Público Federal do Ministério da Agricultura. Em 04 de março de 1956 casou-se com Necy Noronha, professora respeitada e muito querida no município de Apodí.

Dessa união nasceram 12 filhos: Carlos Noronha, Maria do Carmo, Maria Solange, Maria Suely, Maria Sônia, Maria Simone, Luis Carlos, Roberto, César, Salete, Soraya e Suzy. 31 netos: Daniele Priscila, Victor Hugo, Ana Patrícia, Carlos Eduardo, Carlos Maxwell, Carla Taiane, Carlos Matheus, Luana, Luma, Luis Paulo, Evânio Júnior, Eveline, Emeline, Emília, Juliana, Amanda, Bianca, Bárbara, Brenda, Luis Neto, Luis Felipe, Luiz Roberto, Roberta Sabrina, César Filho, César Júnior, Gabriel, Jade, Maria Eduarda, Maria Luiza, Fernando Gabriel e Morgana. 07 bisnetos: Sophia Vitória, Paulo Victor, Paulo Arthur, Cecília Fernanda, Ana Camila, Ana Beatriz e Ana Alice.

Deixou ainda 07 genros: Carlos Artur, Francisco Paulo Freire Filho, Iran, Robson Dantas, Fonseca, Fernando e Evânio (in memorian) além de 03 noras: Maria Lucitânia, Suzana e Mágila.

Consciente da importância dos estudos para a formação dos seus filhos, e, apesar do apego a sua terra Natal, Apodi, algo que sempre fez questão de declarar para todos, migrou para a capital do Estado no dia 18 de julho de 1969. Contudo, nunca se sentiu desterrado, pois a sua capacidade de construir amizade e a grande força de caráter lhe rendeu grandes e valorosos amigos em sua nova morada.

Ao lado de sua eterna namorada, Necy Noronha, juntos em 56 anos de convivência educou e formou os filhos deixando como maior lição: a dignidade, a honestidade, a benevolência, o respeito e o amor ao próximo.

Luis Galdino, como é mais popularmente conhecido, foi um dos mais generosos filhos de Apodi. Sua casa sempre esteve aberta a todos que o procurou. A sua mesa farta sempre esteve posta a todos, independente de credo, ofício, religião ou cor partidária: estudantes, parentes, necessitados, enfermos, amigos, familiares. Todos tinham a certeza de encontrar comida e cama em sua residência ao buscarem o seu apoio na cidade grande de Natal.

O grande contador de histórias, dos “causos apodienses”, foi um bravo guerreiro que, por mais de 20 anos, lutou contra a fraqueza física do seu coração, tão grande em amor e bondade. Luta inglória e sem nenhum mérito. O coração que teimava em não funcionar direito, carregando a seiva da vida para todas as partes do corpo, era o mesmo que o movia em direção a Deus. Pois como homem de fé, sempre era possível vê-lo, ladeado por sua família, rezando o terço.

O coração que teimava em querer parar era o mesmo que o tornava cheio de vida ao chegar à amada Apodi, onde se fazia presente, religiosamente, nas festas dos padroeiros da cidade, São João Batista e Nossa Senhora da Conceição.

Exemplo de homem, de cidadão, de pai, de marido, de irmão, de amigo, Luis Galdino, em vida, deixou uma grande responsabilidade aos filhos e a todos que o conheceram: seguir o seu exemplo. Esse é com certeza o seu maior legado.

Hoje, dorme tranquilo, já não luta mais com o seu coração, pois entendeu que, na verdade, o único grande sentido da vida é partir em paz, sem culpas, com a certeza do dever cumprido. Mas, enquanto ainda podia respirar deixou escrito o seu último desejo, nada de grande, apenas sentiu a necessidade de voltar para casa e ser velado em sua área, onde, por muitos fins de tarde, sentou-se quieto, olhando os movimentos dos pássaros, das pessoas que iam e vinham e da claridade das luzes dos postes que não deixavam a noite cair sobre os lares de Potilândia.

Hoje sentimos a sua falta, mas temos certeza que você está melhor. No lugar em que você se encontra tudo é alegria e descanso. Você vive agora o descanso do guerreiro que travou a boa batalha. E temos certeza que se pudéssemos te perguntar: valeu à pena? Qual poeta você responderia: Tudo vale à pena se a alma não é pequena.

Ao final de tudo só podemos dizer muito obrigado por ter sido o nosso pai, o nosso vô, o nosso amigo, o nosso patriarca inesquecível.
Que Deus o tenha em sua morada!

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