segunda-feira, 1 de outubro de 2012

UMA ROSA PARA HEBE

                             

A notícia do falecimento de HEBE CAMARGO atingiu todo o nosso país e trouxe consternação para todas as classes sociais, mercê do encantamento daquela mulher-alegria Em verdade, a vida nos reserva em sua extensão, encontros, desencontros e reencontros, tudo na passividade natural da existência, passividade que deve ser entendida pelo fato de que a criatura humana nasce do amor, neste se consolidando até o fim da jornada. Vêm em primeiro lugar os encontros, na fraternidade e conivência dos pais - pela ordem, com a mãe e, mais tarde, quanto aos encaminhamentos dos percalços do mundo, com o pai. No passar do tempo, encontramos outro alguém com quem dividir tarefas e, aparentemente nascem os primeiros desencontros, pois deixamos o aconchego da casa paterno e nos jogamos a um novo caminhar, formando nova família, reforçada pelos amigos e acompanhada pelos pais. A dureza do dia a dia, irreversivelmente, nos obriga a convocar a fonte originária do tronco familiar e aí se opera o reencontro e desta feita até o fim. Todos esses fenômenos acontecem na persistência do amor. Quando os nossos pais se encantam, há um novo desencontro, amenizado pela fraternidade de muitos amigos, a compreensão de outros, a amizade verdeira e alguns e o exemplo de poucos, além de um fortalecimento pessoal sem maior explicação, que nos faz atravessar a vida. O tempo passa e, sem guardar uma rígida cronologia, contabilizamos maior expressão para os encontros, o que nos faz esquecer os desencontros e nos impele a cultuar os reencontros. E o que tudo isso tem a ver com HEBE? Sim, pois ela foi amiga, fraterna, compreensiva, solidária, alegre e exemplo para todos nós. Receba as flores que lhe dou, com essa modestíssima reflexão: Amor, o tempo, união. Dois seres num mesmo coração. Dois corpos a seguir a mesma trilha E a prova desse amor uma família. Amor, o tempo, os perigos, Socorro solidário dos Amigos. O tempo indesejado da viagem A tristeza, a lembrança, a saudade. Amor, reencontros, eternidade.

Feliz reencontro com Nair Belo, Dercy e Golias, pelo menos!

Dr. Carlos de Miranda Gomes
Advogado e escritor

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