quarta-feira, 17 de abril de 2013


Marana Pabeima – Guerra Infinita, de Arlindo Freire, será lançado amanhã (18), pela Coleção Cultura Potiguar



Livro faz importante resgate da história indígena potiguar no século XVII. Lançamento acontece na sede da FJA

O Governo do Estado, através da Secretaria Extraordinária de Cultura e Fundação José Augusto, dando continuidade ao compromisso de fomentar e conceituar a cultura potiguar, lança nesta quinta-feira o 33º volume da Coleção Cultura Potiguar: Marana Pabeima – Guerra Infinita, de Arlindo Freire. O lançamento na presença do autor acontece nesta quinta-feira, 18, às 19h, na Galeria Newton Navarro (sede da FJA), com noite de autógrafos do autor. Entrada gratuita.
O livro de Arlindo Freire retrata uma parte da história potiguar que pouco se tem registros e que em muitos momentos foi deixada de lado, mas não menos intrínseca na formação de seu povo e que se constrói a partir de uma vasta pesquisa do autor. 

No ano de 1640, cerca de cinco mil índios aguardavam, em Santana do Matos, o auxílio dos holandeses para combater as tropas portuguesas, que queriam dominar todo o território do Rio Grande do Norte. A ajuda militar, prometida para a tribo Tarairiú, sob o comando do cacique Janduí, nunca chegou ao território potiguar. E, o resgate desse importante trecho, situado no século XVII, é um dos objetivos do livro "Marana Pabeima" - que em tupi guarani significa Guerra Infinita. 

Mas para chegar ao resultado final, que se iniciou em 2001, foram precisas muitas pesquisas, leituras e muitos livros que embasassem suas pesquisas, de grandes nomes como Câmara Cascudo. E, o principal objetivo de Arlindo é socializar a verdadeira interpretação dos fatos relacionados à história dos índios no Rio Grande do Norte, tendo como ponto de partida os conflitos decorrentes da chegada dos europeus. 

Entre os personagens resgatados por Arlindo Freire estão o cacique Janduí, líder da tribo Tarairiú, que se estendia pela região de Assu, Santana do Matos e Acari e grande parte do Nordeste. Inicialmente aliado dos portugueses, Janduí vinha muito a Natal mantendo uma relação amistosa com os índios potiguares, com os quais trocava diversas mercadorias, como caju e sal. Rodolfo Baro, holandês de nascimento, foi deixado na tribo de Janduí, ao sete anos de idade, sendo criado pelo cacique como se fosse um verdadeiro indígena brasileiro. E foi Baro quem, 30 anos após ter sido deixado com os indígenas, intermediou todo o contato dos holandeses com a tribo do Rio Grande do Norte. O guerreiro Paraupaba, que viveu uma geração após Janduí, mas que foi um importante líder contra a dominação portuguesa. 

Entre tantos outros personagens, que permeiam e tornam a leitura cativante e resgatam um importante pedaço esquecido da história potiguar, Marana Pabeima cumpre seu importante papel histórico-cultural e ressalta a importância Arlindo Freire no jornalismo potiguar, ao qual se dedica há meio século.

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