Mulher
Venho,
mulher que sou, atravessando tempo.
Estive
no Saara e dei filhos aos Hebreus.
Lavei
meus pés nas águas sagradas do Jordão,
E
gritei pela libertação de Barrabás,
Na
Via Crucis ajudei a enxugar a face de Jesus.
Mulher
que sou, heroína dia após dia,
Esposa,
mãe, caminhante sem fadigas e receios.
Na
América vim além dos Apalaches,
Sioux, Maia, Asteca, Incas, Araucanas.
Desci
o Amazonas para ser Marajoara,
Sal
e sangue atlânticos, Tupi, Tamoio,
Potiguar.
Cheguei
prisioneira e escrava nos navios da África,
Para
servir à casa grande e ser violentada nas senzalas
Foi
uma longa jornada e continua.
Mulher
que sou, herdeira dos índios tapuia paiacu do Apodi,
Aluna
espiritual de Nísia Floresta Brasileira Augusta.
Grito de Mulheres
Bendita
seja a data da resistência
Quando
mostramos ao mundo a fortaleza das mulheres.
Sejamos
todas benditas floridas em diferentes jardins,
Na
pele vermelha as rosas queimadas de sol e mar,
Nas
pétalas negras das rosas o caule do sangue africano,
Nas
brancas, raios de luz e o simbolismo da
paz.
Somos
rosas mulheres, benditas, amadas, esposas, mães!
Sejamos
todas Guerreiras em prol de um mundo melhor!
Sou Mulher
Feliz,
alegre, espontânea, amável
Amiga,
carinhosa, mãe e companheira,
Generosa
e verdadeira.
Sou
assim:
Loira
como os campos de trigais,
Forte
como os lajedos de Soledade,
Suave
como a brisa.
Sou
Mulher!
Destemida
índia guerreira,
Tapuia
paiacus do Apodi
Sou
única!
Respeitando
as diferenças
De
opiniões e crenças,
Quem
me procura sempre me encontra,
Solidária
e parceira,
Imperfeita.
Sou
Vivi!
A
índia loira do Apodi!
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Teremos o maior prazer em receber seu comentário.