“Para onde vou?”
Por Eduardo Gosson (*)
Rebeca minha primeira
neta, de maneira comovente, esta semana
perguntou-me:
"-Para onde vou?"
Ela vem passando por grande tribulação familiar: o pai,
viciado em cocaína vendeu todos os móveis da casa, escapando apenas: os livros
e o computador. Ele sabe do amor que nutro pelos livros, talvez não teve
coragem de ferir-me na alma. A mãe, com
transtorno bipolar, é uma grande
interrogação existencial?
Como porto seguro, Rebeca, no mundo só existe teu avô para
te proteger do sol, da chuva e da maldade deste mundo. Hoje, respondo-te:
“-tu vais morar para
sempre dentro do meu coração”.
Eu não sabia que doía tanto!
(*) Crônica escrita em 23.06.2014. Presidiu a UBE-RN por
três mandatos (2008-2009), (2010-2011) e (2012-2013).
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