terça-feira, 6 de janeiro de 2015

ENÉLIO LIMA PETROVICH: TRÊS ANOS DE SAUDADES

ENÉLIO PETROVICH
(IN MEMORIAN)

                                              Por Eduardo Gosson(*)
Hoje, no calendário Católico, dia 6 de Janeiro, faz três anos que o amigo embarcou na Nau da Eternidade, trocando esta vida (falsa e provisória) pela outra (verdadeira e definitiva) deixando o Rio Grande do Norte mais pobre.
Enélio tinha inimigos declarados e sobretudo ocultos (mais perigosos) porque nos pega de tocai sem que possamos nos defender. Era acusado de ser um caudilho, porque passara 48 anos no cargo de presidente da instituição mais antiga do Estado,  berço de grandes intelectuais. Ora, o caudilhismo é um problema do Brasil e da América Latina, fruto do pouco exercício da  Democracia.  Além do mais, para dar vida a essas instituições é preciso de Comandantes fortes para manter a chama acesa. Fidel Castro, Luís Carlos Preste, Diógenes da Cunha Lima e Enélio Petrovich, só para citar alguns dirigentes políticos e culturais, se encaixa naquela frase célebre do filósofo Ortega y Gasset: “eu sou eu e as minhas circunstâncias”. Na verdade, numa sociedade  onde tudo vira mercadoria, e cada um tem seu preço, NINGUÉM trabalha sem remuneração. Todos querem fama e dinheiro.
Enélio amava os livros  porque sabia que  semear Educação e Cultura é o caminho para uma vida melhor. A advocacia previdenciária que exerceu por cinquenta anos era o seu ganha-pão (continuada por seu filho Enélio); mas a menina dos seus olhos era o Instituto Histórico e Geográfico do RN – IHGRN. Ia todos os dias. Era auxiliado por Lúcia e Antonieta, funcionárias exemplares e na parte intelectual pelo Amigo e Historiador Olavo de Medeiros Filho que chegava às 6h da manhã para consultar livros e documentos, produzindo uma obra significativa de mais de vinte livros. Às 9h encerrava as suas pesquisas e se tornava Relações Públicas, ajudando e orientando os que iam pesquisar.
Se a sua gestão não avançou na área da Informática, não importa. Essa questão está sendo resolvida pelos atuais dirigentes, que formam uma Diretoria de Notáveis. Em convênio com a UFRN todo o acervo será digitalizado e jogado em rede na INTERNET.
Para encerrar cito o Mestre Cascudo: “a morte existe; os mortos, não”.  Por sua vez afirmou o Sub-Comandante Marco “Morrer não dói, o que dói é o esquecimento”.
Mestre, você viverá  para sempre em nossos corações!
(*) Poeta e Historiador  presidiu a UBE-RN (2008-2013) e atualmente é Tesoureiro do IHGRN (2014-2016).


                TRÊS ANOS DA PARTIDA DE ENÉLIO 


 POR CARLOS ROBERTO DE MIRANDA GOMES



INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO DO RIO GRANDE DO NORTE

 

Foi um baque a triste notícia, em pleno dia dos Reis Magos. Enélio Lima Petrovich, o guardião do Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte por 48 anos encantou-se naquela data de 2012. A cidade, nesse período, tem uma debandada para viagens e para o veraneio. Mas logo os amigos foram retornando a Natal e o velório aconteceu no próprio Instituto, deixando saudosos os seus familiares e amigos, que estiveram presentes na solenidade fúnebre. Os jornais do dia seguinte noticiaram o acontecimento, com destaque, correspondendo à importância daquele tão festejado intelectual, cuja característica marcante era o de sempre se fazer presente a todas as solenidades comemorativas da cultura e da história potiguar.
 Yuno Silva e Tádzio França - repórteres da Tribunal do Norte escreveram: A clássica “Royal Cinema”, composição do potiguar Tonheca Dantas, anunciou aos amigos e familiares que era chegada a hora do derradeiro adeus a Enélio Lima Petrovich, nome que entra para a história como o mais longevo dos gestores à frente de uma instituição pública no Estado. Lembrado por sua dedicação à preservação de documentos e registros históricos que guardam a memória social, cultural e política do RN, Petrovich fez questão de deixar escrito de próprio punho seu último pedido na contra-capa de um CD: “Para meu velório no salão nobre do IHG/RN. E quando? Só Deus sabe...” Alex Régis Morre o advogado e escritor Enélio Lima Petrovich. Ele esteve à frente, por quase cinco décadas, da mais antiga entidade do Estado, o Instituto Histórico e geográficoMorre o advogado e escritor Enélio Lima Petrovich. Ele esteve à frente, por quase cinco décadas, da mais antiga entidade do Estado, o Instituto Histórico e geográfico Rodrigo Sena O velório na sede do Instituto Histórico foi um dos pedidos dele. O velório na sede do Instituto Histórico foi um dos pedidos dele. Mais uma vez estamos em pleno veraneio e voltamos nossas lembranças àquele querido amigo, que certamente será motivo de muitas orações em sufrágio de sua alma. O Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte, a partir do seu falecimento, voltou-se para realizar aqueles sonhos de que tanto falava - a recuperação do rico acervo, que já tem projeto para sua recuperação, digitalização e colocação em forma de mídia eletrônica para a preservação dos originais, conforme a meta prioritária do Presidente Valério Mesquita.  


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