Sábado, 11 de setembro, a partir das 19:30h,
teremos mais um sarau lítero-musical,
ao vivo, na Praça Por-do-sol, nas Rocas, em frente
teremos mais um sarau lítero-musical,
ao vivo, na Praça Por-do-sol, nas Rocas, em frente
ao Mercado do Peixe.
CINZAS
Autor: Heliodoro Morais*
Eu era apenas uma árvore frondosa
Que ofertava doces frutos aos famintos
Minhas sementes espalhadas nos recintos
Multiplicavam-se em paz, silenciosas
Com a sutileza do perfume que há na rosa
Que traduzia um cenário de beleza
Quer fosse pétala, aberta e indefesa
Quer fosse flor embriagada de perfume
Subia ao monte, balançando até o cume
Para prestar reverência à natureza
Ao pé do caule onde a sombra fica presa
Para servir de abrigo aos viandantes
E de cenário ao romance dos amantes
Impregnados de amor, qual chama acesa
Do ar promíscuo extirpava as impurezas
Filtrando os males, vírus da atmosfera
Banhava em gotas de orvalho a flor que gera
Fruto e semente intumescidos pelo viço
Eternizando dessa forma o compromisso
De reflorir outra vez na primavera
Ó ser humano que me agride como fera
Tombada ao solo, a mercê do seu assédio
Fui destruída para alimentar seu tédio
Perdi nas flores o meu sonho de quimera
Banindo as casas que pintei na primavera
Expôs ao sol, as sombras de sua infância
Matou os frutos que gerei em abundancia
Pobre humano, vil refém da negligência
Ceifou-me a vida pela sua incompetência
Tornou-me cinzas pela sua ignorância
Heliodoro Morais nasceu em Caicó/RN em 8 de dezembro de 1953. Funcionário aposentado do Banco do Brasil mora em Natal desde 2002. É admirador do cordel, dos repentistas e cantadores de viola, se dedicando à escrita de cordéis, letras musicais e algumas canções. Para contato o e-mail é este:
heliodoromorais@hotmail.com – (84) 9974.6879
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