O VELHO MARINHEIRO (FRAGMENTO) *
Samuel Taylor Coleridge
Dia após dia, dia após dia
Sepultamo-nos sem ar, sem movimento.
Inútil barco imaginário
Navegando um oceano pintado.
Água, água por toda parte,
Encolhe o frágil madeirame.
Água, por toda parte,
Nenhuma gota para beber.
Girando ao redor da noite
O fogo da morte brilha.
Como óleos de feiticeiras
A água arde verde, azul e branca.
Solitário no caminho abandonado,
Corpo e alma invadidos de receios,
Segue sem voltar-se porque sabe
Que inimigo terrível marca seus passos.
*Traduzido pelo escritor Ciro José Tavares do original inglês.
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