sexta-feira, 5 de novembro de 2010

POESIA DE SAMUEL TAYLOR


O VELHO MARINHEIRO (FRAGMENTO) *

Samuel Taylor Coleridge

Dia após dia, dia após dia

Sepultamo-nos sem ar, sem movimento.

Inútil barco imaginário

Navegando um oceano pintado.

Água, água por toda parte,

Encolhe o frágil madeirame.

Água, por toda parte,

Nenhuma gota para beber.

Girando ao redor da noite

O fogo da morte brilha.

Como óleos de feiticeiras

A água arde verde, azul e branca.

Solitário no caminho abandonado,

Corpo e alma invadidos de receios,

Segue sem voltar-se porque sabe

Que inimigo terrível marca seus passos.

*Traduzido pelo escritor Ciro José Tavares do original inglês.



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