quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

A ALEGRIA DOS OUTROS



Um jovem, muito inteligente, certa feita se aproximou de Chico Xavier e indagou-lhe:

Chico, eu quero que você formule uma pergunta ao seu guia espiritual, Emmanuel, pois eu necessito muito de orientação.

Eu sinto um vazio enorme dentro do meu coração. O que me falta, meu amigo?

Eu tenho uma profissão que me garante altos rendimentos, uma casa muito confortável, uma família ajustada, o trabalho na Doutrina Espírita como médium, mas sinto que ainda falta alguma coisa.

O que me falta, Chico?

O médium, olhando-o profundamente, ouviu a voz de Emmanuel que lhe respondeu:

Fale a ele, Chico, que o que lhe falta é a “alegria dos outros”! Ele vive sufocado com muitas coisas materiais. É necessário repartir, distribuir para o próximo...

A alegria de repartir com os outros tem um poder superior, que proporciona a alegria de volta àquele que a distribui.

É isto que está lhe fazendo falta, meu filho: a “alegria dos outros”.

* * *

Será que já paramos para refletir que todas as grandes almas que estiveram na Terra, estiveram intimamente ligadas com algum tipo de doação?

Será que já percebemos que a caridade esteve presente na vida de todos esses expoentes, missionários que habitaram o planeta?

Sim, todos os Espíritos elevados trazem como objetivo a alegria dos outros.

Não se refere o termo, obviamente, à alegria passageira do mundo, que se confunde com euforia, com a satisfação de prazeres imediatos.

Não, essa alegria dos outros, mencionada por Emmanuel, é gerada por aqueles que se doam ao próximo, é criada quando o outro percebe que nos importamos com ele.

É quando o coração sorri, de gratidão, sentindo-se amparado por uma força maior, que conta com as mãos carinhosas de todos os homens e mulheres de bem.

Possivelmente, em algum momento, já percebemos como nos faz bem essa alegria dos outros, quando, de alguma forma conseguimos lhes ser úteis, nas pequenas e grandes questões da vida.

Esse júbilo alheio nos preenche o coração de uma forma indescritível. Não conseguimos narrar, não conseguimos colocar em palavras o que se passa em nossa alma, quando nos invade uma certa paz de consciência por termos feito o bem, de alguma maneira.

É a Lei maior de amor, a Lei soberana do Universo, que da varanda de nossa consciência exala seu perfume inigualável de felicidade.

Toda vez que levamos alegria aos outros a consciência nos abraça, feliz e exuberante, segredando, ao pé de ouvido: É este o caminho... Continue...

* * *

Sejamos nós os que carreguemos sempre o amor nas mãos, distribuindo-o pelo caminho como quem semeia as árvores que nos farão sombra nos dias difíceis e escaldantes.

Sejamos os que carreguemos o amor nos olhos, desejando o bem a todos que passam por nós, purificando a atmosfera tão pesada dos dias de violência atuais.

E lembremos: a alegria dos outros construirá a nossa felicidade.

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