segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

ANATOLE FRANCE


Jacques Anatole François Thibault, mais conhecido como Anatole France (Paris, 16 de abril de 1844Saint-Cyr-sur-Loire, 12 de outubro de 1924) foi um escritor francês.

De tom céptico, suas publicações obtiveram grande sucesso. Seu primeiro grande êxito foi 0 Crime de Silvestre Bonnard, premiado pela Academia francesa. Outras obras são: Thais, 0 Lírio Vermelho, O poço de Santa Clara, A rebelião dos anjos, etc.

Segundo Fulgrosse, durante a guerra Franco-Prussiana (1870-1871), Anatole France participou na defesa de Paris como guarda nacional, integrado na 1ª Companhia do 20º Batalhão da Guarda Nacional do Sena (companhias de guerra), na reserva no reduto de Faisanderie (Joinville-le-Pont) enquanto decorria a batalha de Champigny, foi declarado impróprio ao serviço por ser de fraca constituição e passou a cívil em Janeiro de 1871. Foge de Paris no início da insurreição da Comuna de Paris.

Tendo sido primeiramente bibliotecário do Senado, foi eleito para a Academia francesa em 23 de janeiro de 1896, para a poltrona 38, onde ele sucede Ferdinand de Lesseps. Foi recebido na Academia Francesa em 24 de dezembro de 1896.

Anatole France apoiou a Émile Zola no caso Dreyfus; ao dia seguinte da publicação do "J'accuse", assinou a petição que pedia a revisão do processo. Devolveu sua Legião de Honra quando foi retirada a de Zola. Participou na fundação da Liga dos Direitos do Homem.

Foi laureado com o Nobel de Literatura de 1921, pelo conjunto de sua obra.

“Clareza, clareza, clareza eram para Anatole France as três qualidades essenciais a uma obra de arte literária”, informa Augusto Meyer no ensaio Preto & branco, sobre o escritor francês. Anatole, cujo nome verdadeiro era Anatole Thibault, nasceu em Paris em 1844.Seu pai, um livreiro, foi quem o incentivou a gostar de literatura e ler bons livros. Na obra Le livre de Mon Ami ele lembra os principais episódios de sua infância estudiosa no Colégio Stanislas, onde conheceu o trabalho dos antigos, gregos e latinos.Sua produção literária abriga 40 volumes e entre eles merecem, destaque (todos com tradução em português), Os Deuses Têm Sede, O Crime de Sylvestre Bonnard, Thaïs e a Rebelião dos Anjos.Prêmio Nobel de literatura, em 1921, faleceu três anos depois.Quando esteve no Brasil, em 1909, visitou o Rio de Janeiro e São Paulo.Recepcionado na Academia Brasileira de Letras e saudado, em francês, por Rui Barbosa. O discurso, segundo testemunho dos contemporâneos, foi apontado como longo e enfadonho.Digno de registro foi sua passagem por São Paulo.Um dos seus compromissos era conhecer a Companhia de Estradas de Ferro, partindo de Jundiaí penetrando no sentido do interior. Na estação coube ao engenheiro carioca Francisco Pais Leme de Monlevade recebê-lo, saudando-o, em francês, numa fala, ao contrário da de Rui Barbosa,rápida e agradável.Ao fim do discurso,conta o livro de Hugo de Castro (o Drama das Estradas de Ferro no Brasil) um menino de 10 anos deu de presente ao escritor uma acha de lenha com fechadura de ouro. Ao abri-la “o suave perfume das violetas surgidas embalsamou o ar.”Anatole leu “com os olhos cheios de água” a mensagem que havia dentro da acha, sob as violetas.O episódio está esclarecido no final da primeira parte do livro O Crime de Sylvestre Bonnard, denominada A Acha de Lenha.

Ao lado de sua conturbada vida amorosa, principalmente com Leontine Lipmann, casada e pertencente de uma rica família de banqueiros judeus,teve destacada atuação política no seu país como militante socialista.

Acredite, o futuro se faz do passado. Tudo aquilo que você fizer para viver bem aqui, sem ódio e sem amargura, servirá para você viver um dia em paz e com alegria na sua casa.Seja doce e saiba sofrer. Quando se sabe sofrer sofre-se menos.”

Anatole France O Crime de Sylvestre Bonnard


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