segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

BUSCANDO SEMPRE REMOVER O VÉU DA IGNORÂNCIA



Por Flávio Rezende*


Quem gosta de ler diversos textos sagrados diferentes vai percebendo, nesta importante e salutar jornada espiritual que, o “x” da questão do atraso em que estamos mergulhados, foi o distanciamento de nossa natureza divina em algum ponto de nossa estadia neste planeta.

São muitas colocações, versões, ângulos, dificultando a compreensão da realidade justamente por causa do foco das interpretações terem uma conotação de adesão, de torcida, de ego e de tentativa de cooptação.

Para tentar entender de onde viemos, o que estamos fazendo aqui e, o que vem depois, devemos nos despir das vestes do sectarismo e, procurar ajuda em todas as fontes, todos os textos além de mergulhar nos argumentos de todas as tendências.

Neste domingo de muita luminosidade na cidade do Natal, optei por uma caminhada pela praia de Ponta Negra e, depois por sentar numa daquelas cadeiras de plástico na beira da praia, onde comecei a manusear um livro escrito pelos mestres ascensionados.

Apesar da literatura dos mestres ser de difícil compreensão para os neófitos da espiritualidade, abri meu coração para o novo e mergulhei fundo no resumo dos acontecimentos, ficando claro que, na chegada de seres atrasados de outras estrelas e planetas para jornada evolutiva por aqui, no lugar de ocorrer o nivelamento por cima - uma vez que as raças aqui existentes experimentavam harmonia e expressavam pensamentos e ações divinos e corretos, fomos puxados para baixo, criando assim um véu de esquecimento de nossa verdadeira natureza EU SOU, proporcionando a partir daí um mergulho e uma crescente adesão ao que hoje chamamos de raiva, ódio, inveja, egoísmo e vícios diversos.

Recuperar nossa natureza divina e voltar a viver uma vida verdadeiramente feliz, expressando os valores humanos de maneira fácil, simples, sem esforço, naturalmente, é o grande desafio ao qual todos estamos submetidos.

Lendo todos os textos percebo que temos ajuda superior. É do interesse do Alto Comando que aceleremos o processo. Sei das dificuldades pelas quais passamos. Uma hora decidimos fazer isso e aquilo, mudar, não ligar para certas coisas, ser realmente mais espiritual, correto, minutos depois na primeira prova, tudo rui, agimos da mesmíssima maneira e nossa mente logo arranja velhos e surrados argumentos para que fiquemos felizes com os deslizes.

Depois de ler e sentir que os mestres falam a verdade ouvi um daqueles carrinhos de som reproduzindo uma música sem valor cultural nenhum, de letra ambígua e que remete a comportamento de sensualidade exacerbada. Ao redor todos expressavam felicidade e dançavam. Animados repetiam uma coreografia mais ou menos igual.

Comigo mesmo pensei, não devo e não posso julgar isso, mas, lá dentro de mim uma coisa ressoa: se ficamos felizes com coisas assim, imagina no dia em que sentirmos novamente dentro do nosso ser, a felicidade e o êxtase genuínos, de estarmos mais uma vez, sintonizados com Deus, com a real energia que deve nos mover para o alto.

Certamente, quando novamente pudermos sintonizar com o EU SOU, saberemos que não estamos mais separados do que chamamos de DEUS, pois sentiremos dentro de nós mesmos, que nós somos o próprio.


*É escritor, jornalista e ativista social em Natal/RN (escritorflaviorezende@gmail.com)

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