Dante Alighieri (Florença, 1º de junho de 1265 — Ravenna, 13 ou 14 de Setembro de 1321) foi um escritor, poeta e político italiano. É considerado o primeiro e maior poeta da língua italiana, definido como il sommo poeta ("o sumo poeta").
Seu nome, segundo o testemunho do filho Jacopo Alighieri, era um hipocorístico de "Durante".[1] Nos documentos, era seguido do patronímico "Alagherii" ou do gentílico "de Alagheriis", enquanto a variante "Alighieri" afirmou-se com o advento de Boccaccio.
Foi muito mais do que apenas um literato: numa época onde apenas os escritos em latim eram valorizados, redigiu um poema, de viés épico e teológico, La Divina Commedia (A Divina Comédia), que se tornou a base da língua italiana moderna e culmina a afirmação do modo medieval de entender o mundo. Nasceu em Florença, onde viveu a primeira parte da sua vida até ser injustamente exilado. O exílio foi ainda maior do que uma simples separação física de sua terra natal: foi abandonado por seus parentes. Apesar dessa condição, seu amor incondicional e capacidade visionária o transformaram no mais importante pensador de sua época.
Na poética mundial, Vida Nova, de Dante Alighieri, é um dos escritos mais lindos. Coube a Carlos E. de Soveral, a partir de originais italiano e latino, presentear o leitor exigente com primorosa tradução para o português e na publicação feita por Guimarães &C. sintético comentário diz quase tudo sobre a obra;
“Em louvor de Beatrice Portinari, Vida Nova é um belo e profundo texto de confidência lírica, narrativa das mais fundas intimidades onde o verso permeia com a prosa, e um e outro adequadamente explicam os desencontrados lances do drama amoroso, na mansidão e nas evasivas do apaixonado – o claro –escuro daquele que padece do mal de amor, a que tanto quadra o vernáculo il dolce eloquio.
Vida nova é uma obra sublime e enigmática geradora de uma polêmica inconclusa acerca do verdadeiro significado e interpretação alegórica e anagógica, porque, na verdade, quem era a Beatrice de Dante Alighieri, poeta e cavaleiro amoroso, cuja obra culmina em A Divina Comédia?”
“Quero, balada, que o Amor encontres,
e em sua companhia vás até à minha amada,
para que da razão minha – a qual tu cantas –
Com ela fale o meu senhor.
Corres tu, balada, tão gentil,
que mesmo só
podias ir a qualquer parte;
Se queres andar segura, todavia,
o Amor busca primeiro,
que sem ele talvez não seja bom seguir;”
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Teremos o maior prazer em receber seu comentário.