ECLIPSANTES
Ciro José Tavares
Foi uma
longa noite entre nós dois,
quando
no silêncio não sabíamos
e ainda não sabemos, se tristes ou
alegres
dias que atravessamos ausentes e distantes.
Sabes que sob esse inalcançável estio,
um sol pálido apagou estalando
minha pele?
E o que sei do teu apaixonado
olhar antigo?
Ao menos não guardou as réstias
minguantes do luar
que escoriam na varanda do teu
quarto?
A longa noite não consegue na
madrugada terminar
porque irrevelados inexistimos num
tempo antigo de nós dois,
eu que fui orvalho das roseiras e
já não sou e,
tu a lágrima vazia que jamais
regou canteiros fictícios.
Continua longa a noite e seguirá
interminável entre nós dois.
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