segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

INFORMÁTICA NA EDUCAÇÃO


RINALDO BARROS
PROFESSOR E ESCRITOR
"Mestre não é quem sempre ensina, mas quem de repente aprende".  
 (João Guimarães Rosa, escritor)

(*) Rinaldo Barros
Os computadores tomarão o lugar dos professores?
Esta é uma questão que deveria ser debatida em todas as “reuniões de pais e mestres” de todas as escolas brasileiras.
Não resta dúvida de que, nos dias de hoje, a utilização de novas formas de interação on-line atende às novas necessidades dos alunos; o incentivo à aprendizagem ativa ao aluno já pode ser comprovada por meio de vários projetos já desenvolvidos em todo pais; é evidente o acesso rápido e eficiente na obtenção de informações relevantes e diversificadas e a melhoria da qualidade da comunicação entre professores e alunos são viabilizadas pelas ferramentas interativas.  
Hoje a tecnologia é útil ao aprendizado, pois o seu desconhecimento vem gerando no mundo atual o mesmo tipo de exclusão que sofre o analfabeto no mundo da escrita. Agora, temos o “analfabite”.
O essencial, todavia, deveria ser acreditar no potencial cognitivo de cada um.
Mas o que existe de verdade é a falta de conforto com o uso da tecnologia nos ambientes educacionais, que é decorrente do escasso investimento governamental em políticas de formação e atualização do professor.
Para o docente que vê na tecnologia uma forma de qualificar melhor suas práticas pedagógicas, é fundamental enxergar a realidade e principalmente lutar contra o discurso paralisante que domina o meio educacional. É preciso conhecer melhor as políticas equivocadas que fazem parte da história da utilização da informática na educação no Brasil.
Evitar a resistência pelo desconhecimento é entender que o computador e o software educacional, seja ele qual for, é uma ferramenta auxiliar do processo de aprendizagem do aluno.
Uma aula ruim é ruim com ou sem tecnologia, e uma aula boa será sempre boa independentemente da tecnologia utilizada. Isto significa dizer que: a qualidade está no conteúdo que deve ser bem planejado e disponibilizado de modo que seja possível a aquisição de conhecimento pelo aluno.
A tecnologia não cria ambientes que prescindem do professor. É preciso, no entanto, que o professor tome para si a tarefa de projetar o material didático e a pedagogia a ser utilizada no processo de ensino. Não inovar na produção do material didático e nas metodologias de aprendizagem, significa deixar a cargo de profissionais da área tecnológica, a tarefa de ensinar por meio de software desenvolvido sem o viés da educação, do pensamento crítico, o que de um modo geral vem ocorrendo com frequência.
É fato que os perfis dos profissionais, que hoje planejam software educacional, são de programadores de computador, que desconhecem a realidade da área educacional. O planejamento de um bom projeto necessita da formação de uma equipe multidisciplinar, cujos participantes complementem o projeto utilizando suas competências específicas e diversificadas.
É nesse contexto que informações provenientes de diversas direções chegam a indivíduos cuja realidade não lhes permite desenvolver capacidade crítica de análise, competência fundamental para evitar o colapso de valores importantes para o desenvolvimento da cidadania, da ética e da solidariedade.
Por meio dessa abordagem, o uso da tecnologia integra novos saberes à prática educacional proporcionando ao professor uma maior capacidade crítica de sua ação pedagógica e um leque maior de possibilidades na busca pelo interesse dos seus alunos.
Estudos demonstram que a utilização das novas tecnologias de informação e comunicação (NTICs), como ferramenta, traz uma enorme contribuição para a prática escolar em qualquer nível de ensino.
Com a revolução tecnológica e científica, a sociedade mudou muito nas últimas décadas. Assim, a educação não tem somente que adaptar às novas necessidades dessa sociedade do conhecimento. Mas, principalmente, tem que assumir um papel de ponta nesse processo.
Os computadores não irão tomar o lugar dos professores. Mas, os professores terão que aprender – de repente – a demonstrar, na prática, quem está no comando. Falei!

(*) Rinaldo Barros é professor – rb@opiniaopolitica.com

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