terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

LAJEDO DE SOLEDADE



  No Estado do Rio Grande do Norte, em pleno sertão brasileiro, próximo à divisa com o Ceará, numa área estimada de 10 hectares, no município de Apodi, está localizado o Lajedo de Soledade, um solo rochoso, composto por grutas, fendas profundas, cavernas e, o mais surpreendente, por pinturas ou gravuras que, conforme estudos científicos, remontam a milhões de anos. Aquilo tudo, distante 100 quilômetros do mar e 76 de Mossoró, a mais importante cidade econômica e cultural do RN, já foi o fundo do mar.

A Petrobras, presente em toda a área da Grande Mossoró, com muitos poços de petróleo em terra e também ali em Apodi, entrou na "onda" e foi responsável pelos recursos destinados às pesquisas, cercamento de parte da área e construção do pequeno, porém importante Museu. Entre os executivos da Petrobras que atuaram até meados do ano passado em favor do Lajedo foi Eduardo Bagnoli, falecido em outubro de 2010. Mas outros, como o arqueólogo Paulo Tadeu de Sousa e o geólogo Geraldo Gusso, também da Petrobras, foram decisivos na preservação do local.

Foi criada a Fundação dos Amigos do Lajedo de Soledade (Fals), e pesquisadores da Universidade Federal do RN também atuam ali. Três áreas estão demarcadas. A primeira é Urubu, por ter formações rochosas escuras, pontiagudas e várias cavernas. A segunda é Araras, por ter gravuras muito parecidas com essa ave, nas áreas abertas pela força das águas no decorrer dos séculos. A terceira é Olho D''água, por ter aflorado em várias partes esses olhos (isso em tempo de chuvas, o que é raro na região). Nas três foram e são encontrados ossos calcificados de animais que viveram há mais de 90 milhões de anos. O museu mostra tudo isso. Informações no www.lajedodesoledade.org.br

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