segunda-feira, 12 de maio de 2014

EDUCAÇÃO: EJA NO BRASIL O analfabetismo entre jovens e adultos no Brasil ainda é alto e há dificuldades para erradicar




No que consta da colocação do Brasil no ranking do analfabetismo entre jovens e adultos, a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), divulgou um relatório  em 29 de janeiro de 2014  que aponta o Brasil como 8º país, após avaliar a situação de 150 países que assinaram a meta de 2000 para equalizar a situação de leitura e escrita de pessoas com mais de 15 anos.  

Ao ser informado de tal situação, onde estava no momento da apresentação do relatório o presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas (Inep), representando  o Ministério da Educação (MEC), este declarou que há dificuldades em erradicar o analfabetismo no Brasil. Um dos motivo citados pelo presidente do Inep para o não cumprimento das metas estabelecidas para a modalidade EJA é o número elevado de idosos que não sabem ler nem escrever.
O IBGE estima comprova a declaração apresentando, a partir de estudos desenvolvidos em 2012 que, 24% da população brasileira com mais de 60 anos é analfabeta.

Pesquisas realizadas em outras instâncias, como a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), referente ao ano de 2012 e divulgada em setembro de 2013, também apresenta dados sobre o analfabetismo de brasileiros que se inserem no contexto de jovens e adultos. Segundo o Pnad, a taxa de analfabetismo de pessoas a partir de 15 anos é estimada 8,7% de analfabetos adultos. Este número corresponde a 13,2 milhões de analfabetos no país.

Os motivos para tantas dificuldades e o que pode ser feito é apontado pela coordenadora de Educação da Unesco no Brasil, Maria Rebeca Otero Gomes. Ela diz: ainda falta no Brasil uma política de valorização do salário e da carreira do professor”. Segundo ela, é preciso expandir a alfabetização de adultos e jovens, Mas principalmente pensar em fazer isso com qualidade, e não há como fazê-lo sem trabalhar e valorizar o ponto principal: os professores. Estes seriam os maiores desafios do nosso país neste momento com relação à EJA. 

Ainda há que se considerar que, talvez os números apontados pelos estudos do Pnad e Unesco não sejam tão reais, uma vez que, esses dados se baseiam em relatórios enviados pelo próprio sistema educacional e, como sabemos, há muitas falhas quanto aos programas de alfabetização que são promovidos pelo MEC. Muitas vezes, os adultos não são realmente alfabetizados, mas apenas contabilizados como se fossem. Daí imaginar-se que os índices de analfabetismo sejam bem maiores que os divulgados. 


Por Mônica Freitas 

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