quinta-feira, 8 de novembro de 2007

POESIA DO POETA ZENILDO CÉSAR

Zero vírgula um

Resistir após a queda dos alicerceres
Náufrago sem ter em que se firmar
Ter que ouvir e pedir contínuas preces
Sabendo que o tempo vai apagar

Cair no mar das probabilidades
Todas tão improváveis para mim
Resistir aos algozes sem piedades
Que dão o veredicto do meu fim

Ultima partícula que se move
Quando não se pode ter sonho nenhum
Pra que minha esperança se renove

Perdido estou sem brilho algum
Tão só lutando contra tanto nove
Sou apenas o zero vírgula um

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Teremos o maior prazer em receber seu comentário.